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Zôo de Pomerode

10/04/2010 - Na sexta o acesso a internet prometia que o tempo não estaria nada legal.  Termômetros registravam baixa temperatura e chuva o final de semana todo, mas nada nos impediu de seguirmos com o roteiro. Roteiro este que a Cris não sabia qual era,  pois o Niva adora fazer surpresas sempre maravilhosas e inesquecíveis, e desta vez não foi diferente.
Dito e feito, o sábado amanheceu chuvoso e cinzento, mas não tão frio. Colocamos nossas roupas de chuva, subimos na Grandona e caímos na estrada.
Indescritível o que é estar em cima de uma moto na estrada. E cada vez que isso acontece, uma onda de euforia e felicidade nos invadem. O vento batendo em nossos rostos o tempo todo, a liberdade, o calor do sol ou frio da chuva, o cheiro do mato verde ou da fumaça dos caminhões que passam a mil, o chão bem pertinho de nossos pés e o calor do asfalto subindo, dando a sensação de que vamos encostar nele a qualquer momento, tudo é sentido de forma muito intensa quando se está sobre ela.

A viagem até Pomerode foi tranquila. A chuva deu uma trégua e chegamos em baixo de sol.
Considerada a cidade mais alemã do país, Pomerode é linda.
E assim como muitas cidades brasileiras, surgiu com o início da imigração alemã no Brasil. A maior parte desses imigrantes vieram de uma região da Alemanha chamada Pomerânia e dentre os diversos grupos de alemães que emigraram para o Brasil, os pomeranos formam a minoria. Apenas três estados brasileiros formam comunidades autônomas que permanecem ainda com seus costumes: Santa Maria de Jetibá (ES), São Lourenço do Sul (RS) e Pomerode(SC).

Por toda cidade há casas edificadas de acordo com a típica arquitetura germânica enxaimel e são cuidadosamente preservadas por seus moradores.  Mas o que mais nos chamou a atenção foram os jardins. De 10 em cada 10 casas os gramados são verdíssimos e chegam a ser impecáveis de tão bem cuidados que são. E muitos deles com obras de gesso em forma de anões, estátuas, sapos, cachorros e gatos, que parecem dar boas vindas aos visitantes que passam.


Casa típica de Pomerode

E como gostamos muito de tudo que faz parte da obra da Mãe Natureza, nossa parada principal nesta cidade foi o Zoológico Pomerode.  A surpresa não poderia ter sido mais linda. Estacionamos a moto num lugar seguro e fomos direto para bilheteria do Zoo. Por R$12,00 (Ingresso Adulto), você aprecia um passeio cheio de cores, sons, encantamento e cultura. 
E logo na entrada uma placa te faz um alerta:




O Zoológico foi fundado em 1932 por Hermann Weege. Primeiro da região Sul e terceiro do país, o zoo iniciou com uma lagoa nos fundos da casa do Sr. Weege, onde eram mantidos animais domésticos. Alguns animais nativos da região que eram atraídos para o local, deram a ele a ideia de construir o Zoo, primeira iniciativa privada deste tipo no país.
Por muitas décadas o Zoo foi a única atração deste tipo em toda a região, sendo bastante conhecido por pessoas de todas as faixas etárias. No entanto, uma série de problemas levaram a instituição a ser descredenciada pelo IBAMA e só não foi fechada pela falta de verbas federais para o deslocamento dos animais.
Os problemas só foram revertidos quando, após a falência das Indústrias Weege, um grande benfeitor,  que prefere manter-se no anonimato, iniciou uma série de investimentos. Obras e gestão implantadas incrementaram  o zoo e viabilizaram sua recente autonomia financeira.



Indústrias Weege
Mas a exposição de animais não é a única atividade desenvolvida pelo zôo. Há também um programa de Educação Ambiental, voltado principalmente às crianças, com o intuito de desenvolver a consciência ambiental e o respeito por todas as formas de vida existentes.

Outras atividades importantes são a reprodução em cativeiro de espécies ameaçadas de extinção e o abrigo e reabilitação de animais apreendidos pela Policia Ambiental de várias cidades da região e também de algumas partes do país. E desde Agosto de 2002, foram recebidos, triados e reabilitados mais de 1000 (mil) animais. Alguns, considerados aptos, foram liberados em ambientes naturais, o restante têm sido encaminhados a outras instituições afins, para programas de reprodução em cativeiro.




Cris e a mascote do Zoo






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